terça-feira, 22 de novembro de 2011

HPV – O que é isso?

      HPV é uma sigla em inglês que significa papiloma vírus humano. Pertence à família Papilomaviridae (Fig. 1), capaz de provocar lesões na pele ou mucosas oral, anal, vaginal, cervical(colo do útero), orofaríngea, nasal etc.
     O risco de transmissão e contaminação existe e é muito grande. Está comprovado que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Não importa o tipo, dentre os mais de 200 já conhecidos, na maioria das vezes (80%) as lesões se desenvolvem em locais restritos e regridem espontaneamente, ou seja, a maioria das infecções é passageira. É combatida espontaneamente pelo sistema imune. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.
    Como foi dito existem vários tipos de HPV. Alguns causam lesões de pele (baixo risco) e outros causam câncer(alto risco). Os principais vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais e papilomas da laringe, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para câncer.
    A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
    Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).
    O uso de camisinha (preservativo) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual, mas não evita totalmente. A forma mais eficaz de prevenção é a vacinação. O ideal é vacinar antes do inicio da vida sexual. Existem duas vacinas disponíveis no mercado. A escolha deve ser feita em conjunto com seu médico. A implantação de um programa nacional de vacinação contra HPV pelo SUS está em discussão no Ministério da Saúde, mas ainda está longe de acabar.
    Hoje é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero em Postos de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), consultórios privados e em campanhas.
   O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista. É importante lembrar que o parceiro sexual também deve fazer os exames.
Enquanto isso, fiquem esperto(a) e não vacile! 
Previna-se!
Oriente-se!
“Em caso de dúvida procure um médico.”

Flávio Costa Pereira (CRM 15102)
FONTE: INCA

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